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Imagem de Aparecida surge ao lado do Cristo em homenagem inédita no Corcovado (RJ)

  • Foto do escritor: Fala, Peregrino!
    Fala, Peregrino!
  • 11 de mai.
  • 2 min de leitura

Projeção com drones no Corcovado emociona fiéis ao unir símbolos da fé católica às vésperas do Dia das Mães


por Pedro Corsini


Na noite de sábado (11/5), o céu do Rio de Janeiro foi tomado por um espetáculo de fé e emoção. A imagem de Nossa Senhora Aparecida foi projetada ao lado do Cristo Redentor, unindo dois dos maiores símbolos do catolicismo brasileiro numa mesma cena, iluminada por centenas de drones. Às vésperas do Dia das Mães, o gesto foi uma homenagem visual à figura materna que, para milhões de brasileiros, é também espiritual.


Com o céu escuro, drones começaram a desenhar a figura da padroeira do Brasil. Com mãos postas, vestida de azul, Nossa Senhora Aparecida surgiu flutuando ao lado do Cristo de braços abertos. Um encontro visual poderoso, que emocionou fiéis, turistas e até mesmo quem apenas passava pela zona sul da cidade.


A história da Mãe Aparecida

A devoção a Nossa Senhora Aparecida tem origem em 1717, no interior de São Paulo. Três pescadores — Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso — lançavam suas redes no rio Paraíba do Sul quando, sem sucesso na pesca, encontraram o corpo de uma pequena imagem de barro. Minutos depois, pescaram a cabeça da mesma imagem. Logo após, os peixes começaram a surgir em abundância, o que foi interpretado como um sinal divino. A imagem, de aproximadamente 36 cm, era escurecida pela ação do tempo e das águas, o que levou os fiéis a chamá-la de “Aparecida” — aquela que apareceu. Com o passar dos anos, a devoção cresceu, milagres foram atribuídos à santa e sua fama se espalhou pelo país.


Em 1930, o Papa Pio XI proclamou Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil. O Santuário Nacional, em Aparecida (SP), recebe hoje cerca de 12 milhões de romeiros todos os anos — um dos maiores centros de peregrinação do mundo.


Fé que se move — e agora, que voa

O espetáculo no céu do Rio uniu tradição e tecnologia. Através de drones programados com precisão, a imagem da padroeira foi composta no ar, criando uma experiência única e sensorial. O Cristo Redentor, que neste ano completa 93 anos, já foi palco de inúmeras projeções, mas poucas causaram o impacto emocional da noite de sábado.


Nas redes sociais, vídeos e fotos viralizaram em minutos. Milhares de pessoas compartilharam o momento, muitos escrevendo que “foi um sinal dos céus” ou “o céu nunca esteve tão perto”.


Mais do que um show de luzes, foi um gesto simbólico. Um abraço divino que misturou o concreto do monumento com o invisível da fé. E num país tão marcado por desigualdades, dores e esperanças, a imagem de Aparecida ao lado do Cristo Redentor trouxe, mesmo que por instantes, a sensação de que estamos sendo cuidados. De que não estamos sozinhos.

Porque onde há mãe — há consolo. E onde há fé — há caminho.

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