A história por trás da primeira Jornada Mundial da Juventude
- Fala, Peregrino!

- 28 de abr.
- 3 min de leitura
por Fala, Peregrino!

Em 1986, no coração de Roma, um evento histórico começava a tomar forma, dando início a uma das maiores celebrações de fé jovem que o mundo já presenciaria: a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Idealizada pelo Papa João Paulo II, a primeira edição da JMJ aconteceu de forma simbólica e transformadora no Domingo de Ramos daquele ano, reunindo milhares de jovens de diferentes partes do mundo.
O evento não foi apenas uma celebração religiosa; foi o nascimento de um movimento global, uma ponte entre culturas, países e idiomas, todos unidos por uma mesma causa: a fé. A visão de João Paulo II, que acreditava no poder de transformação dos jovens, havia ganhado forma. Era o momento de olhar para o futuro com esperança, de fortalecer a união da Igreja Católica e de engajar uma geração inteira de jovens na construção de um mundo mais fraterno e solidário.
A JMJ de 1986 marcou o início de um ciclo que se repetiria a cada dois ou três anos, e em cada edição, mais e mais jovens se uniriam ao movimento, levando consigo não apenas a fé, mas também a visão de um futuro melhor, mais inclusivo e de paz. Roma, em 1986, foi o ponto de partida de uma jornada que levaria o nome da cidade ao redor do mundo.
Mas como tudo começou? Na década de 1980, o Papa João Paulo II, com seu carisma inconfundível e sua paixão pela juventude, teve a ideia de criar um encontro internacional que reunisse os jovens católicos em uma experiência de fé, oração e confraternização. Sua visão era clara: uma Igreja viva, onde os jovens desempenhassem um papel protagonista, não apenas no presente, mas também no futuro da religião. O Papa sabia que esse encontro poderia ser uma resposta aos desafios enfrentados pelos jovens na época, como a busca por identidade, valores e pertencimento.
Assim, no Domingo de Ramos de 1986, a Praça de São Pedro, em Roma, testemunhou o primeiro grande encontro internacional de jovens católicos. Milhares de rostos de diferentes partes do mundo se encontraram pela primeira vez para, juntos, celebrar a fé e se comprometer com a missão de espalhar o Evangelho. A emoção no ar era palpável. Os jovens, com seus corações cheios de esperança, ouviram de João Paulo II palavras que ecoam até hoje: "Não tenhais medo! Abraçai a esperança!" Essas palavras tornaram-se o lema de muitos e a JMJ começou a ganhar vida.
Desde aquele primeiro encontro, a Jornada Mundial da Juventude se consolidou como um evento de proporções globais, transformando-se não apenas em um encontro religioso, mas também em um símbolo de unidade, de renovação da fé e de compromisso com a paz. Cada edição trouxe uma nova experiência, mas sempre com o mesmo propósito: fortalecer a conexão entre os jovens e a Igreja, sem importar onde estivessem no mundo.
Hoje, mais de 35 anos após aquela primeira edição, a Jornada Mundial da Juventude continua a atrair milhões de jovens, reunindo-os para uma vivência única de fé, esperança e solidariedade. O legado deixado por João Paulo II e seu amor incondicional pela juventude permanece mais vivo do que nunca. E assim, a JMJ segue sua trajetória, provando que, como em 1986, ainda há muito a ser conquistado, e que a Jornada, como uma verdadeira experiência de fé, é apenas o começo de uma jornada que nunca termina.



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